A chegada do Novo Código de Governança Corporativa Brasileiro, que entrou em vigor em 1º de janeiro desse ano tem mudado, e muito, a abordagem das empresas à governança desde o ano passado. Em especial, empresas integrantes dos índices IBOVESPA e IBRX 100, e a expectativa da abrangência do código para todas as companhias registradas na categoria “A” da CVM, brasileiras precisam intensificar sua aderência à regulamentação, sobretudo estruturando –ou ajustando—a atuação do Conselho de Administração.
O novo Código de Governança Corporativo Brasileiro traz o modelo “pratique ou explique” – já adotado em diversos países do mundo, que obriga a organização que não adotar determinada recomendação de governança a explicar, à luz do código, o porquê da não adoção. Acima de tudo, a atuação do Conselho ganha mais influência, bem como sua responsabilidade em auxiliar na condução do futuro da organização.
Por conta da crescente complexidade que a atuação do Conselho de Administração vem ganhando nos últimos anos, sua atuação se expandiu. A Ekilibra estruturou, em sua metodologia, os seis papéis que um Conselho de Administração tem em uma empresa. Entenda:
Em seu papel Direcionador, o Conselho está diretamente ligado à condução do negócio, e a experiência dos conselheiros deve auxiliar a empresa a estruturar o seu plano de desenvolvimento a longo prazo. Neste papel, portanto, o conselho deve:
– Conduzir a organização no ambiente de negócios;
– Desenvolver a capacidade de adaptar-se às mudanças;
– Manter a competitividade e relevância;
– Atender o propósito final dos sócios.
No seu papel Controlador –que é a forma de atuação mais conhecida do Conselho—o órgão deve auxiliar na observância às regulamentações. Com o novo código, também será papel do Conselho aproximar a Gestão de Riscos do negócio, além de outras ações, tais como:
– Supervisionar a Gestão;
– Controlar indicadores e resultados;
– Monitorar os riscos;
– Ser o guardião das referências: princípios, metas, níveis de risco, entre outros;
– Buscar a segurança e a confiança para e entre os sócios.
Em seu papel Articulador, o Conselho deve garantir a qualidade e a efetividade da tomada de decisão, sendo responsável por:
– Entre os acionistas, buscar coesão societária para as demandas do negócio;
– Entre os gestores, buscar engajamento para com as diretrizes dos sócios;
– Entre os conselheiros, aprimorar o processo decisório;
– Entre a comunidade, obter suporte político, realizar a gestão de crise, e cuidar da reputação empresarial.
Na função de Mentor, o Conselho também deve atuar como guia, conselheiro, inspiradore zelar pelo desenvolvimento das competências estratégicas. Esse aliás, é um dos papeis mais importantes e, ao mesmo tempo, mais negligenciados do conselho. Como Mentor, o Conselho deve:
– Desenvolver competências e atitudes essenciais, como visão estratégica, conhecimento do negócio, networking, competências técnico-operacionais, entre outras;
– Preparar as pessoas para suportar os movimentos estratégicos da organização;
– Zelar pela sucessão dos líderes garantindo a continuidade e o constante desenvolvimento da organização;
Por fim, o Conselho também deve atuar como Estruturador, trabalhando para:
-Definir os fóruns de relacionamento e decisão – tais como conselho, comitês e assembleias;
– Estabelecer os documentos da Governança: Acordos, Protocolos, Estatutos e Códigos;
– Aprovar as estruturas organizacionais;
– Consolidar o estágio de maturidade da organização.
Por fim, é importante salientar o sexto papel “catalisador da mudança”, ou seja, o potencial de mudança do Conselho identificando o timing das mudanças, definindo as prioridades e mantendo o foco dos negócios para que a organização mantenha-se competitiva e relevante no seu campo de atuação. Entre em contato com a Ekilibra, e veja como podemos ajudá-lo a transformar seu Conselho de forma que ele seja o principal pilar da Governança Integrada.